quarta-feira, 5 de maio de 2010

Velhos Outonos

Os dias passam, passam as horas
Tocando temas com um piano desafinado
Mais ou menos errado, mais ou menos parado
Sem sentido, um pouco ignorado
Gritos ecoam, selam memórias, marcam
Deus ainda chora, sempre rimos e o mundo esquece
O tempo da última prece
E ninguém aquece, ninguém acontece
Você sente na pele
Os dias estão frios, as noites estão quentes
Caminham num labirinto de vento
Vestindo pouco a pouco o esquecimento
Somos o que fazemos para mudar o que fomos
Mas se nada somos, virão apenas velhos outonos

Vai ficar ou vai correr?
Vai Salvar ou esquecer?
Eu só quero que me ame até o pôr do sol


Uma lágrima no chão reagiu minha lentidão
Tocou meu coração, fiz o que precisava
Ele chorava e eu perguntava
É comida? É uma casa?
Mal a noite caia, ele dizia
"Se quiser fazer algo por mim
Faça um verso sereno
E que ele me leve
Não somente até o céu, mas perto das estrelas"
Somos o que fazemos para mudar o que fomos.

Tome cuidado com o amanhã
Você precisa de alguém para seguir
Sim, há um final feliz
Mesmo no final

Eu posso confiar em você, eu posso ver
Eu posso tentar, eu posso sentir isso
Porque amanhã vai ser melhor
Temos de acreditar


*Rosa de Saron (cd Horizonte distante)

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